terça-feira, 3 de agosto de 2010

FREIRE DE MENDONÇA - Pernambuco

DESCENDÊNCIA
Pai de Joaquim Isidoro Freire de Mendonça
Avô de Catharina de Senna Freire de Mendonça
Bisavô de Fernando Luis Ferreira
Terceiro Avô de Joaquim Vieira Ferreira
Quarto Avô de Fernando Luis Vieira Ferreira
Quinto Avô de Joaquim Vieira Ferreira Neto
Sexto Avô de José Bento Vieira Ferreira
Sétimo Avô de Anamaria Nunes Vieira Ferreira

***
OS FREIRE DE MENDONÇA
Todos os Antepassados da Genealogia dos Freire de Mendonça, a partir da 7ª Geração, estão a espera de confirmação – até que se encontre documento em Pernambuco comprovando que Joaquim Isidoro Freire de Mendonça era filho de Luís Freire de Mendonça.

A pesquisa tem sido incansável da minha parte e de nosso primo João Cordovil Cardoso, autor da descoberta desses antepassados de Joaquim Isidoro Freire de Mendonça, que trago à luz para ver se, com a divulgação, novos Freire de Mendonça apareçam para nos ajudar.

Em Pernambuco tenho tido a colaboração fantástica de Fábio Arruda de Lima e de Regina Cascão.
E se não encontramos os assentos de batismo, é porque tais assentos não existem mais.
Muitos livros se perderam e outros estão em péssimo estado.

Anamaria Nunes

1. LUIS FREIRE DE MENDONÇA. Capitão e Escrivão, em Pernambuco. Batizado em 10 de Dezembro de 1678, no Salvador, em Santarém. Era vivo em 1761.

O mais correto é que tenha nascido em 1698, porque seus pais se casaram em 1693, o que faria razoável a sua promoção para Capitão aos 50 e não aos 70 anos.

Pesquisa de João Cordovil Cardoso

Filho de José Zuzarte de Santa Maria e Maria Pereira de Carvalhaes. Neto paterno de Antonio Freire de Macedo e Josefa Maria de Oliveira. Neto materno de Antonio Pereira de Carvalhaes e Filipa de Castro Rangel.

Bisneto paterno de António Freire de Macedo e Antonia de Mendonça Furtado. Bisneto materno de Gonçalo Martim Vieira e Apolônia de Oliveira. Terceiro neto paterno de Antonio Barroso e de Dona Leonor Nunes. Terceiro neto paterno de Bernardo Dias Pereira e Antonia (ou Ana) de Mendonça Furtado. Quarto neto paterno de Ruy Barroso e de Dona Guiomar Gomes. Quarto neto paterno de Luis Nunes e Francisca Roiz. Quarto neto paterno de Leonarda de Mendonça de Aguiar Juzarte de Santa Maria. Quinto neto paterno de Dona Violante Barrosa. Quinto neto paterno de João Zuzarte de Santa Maria. Sexto neto paterno de Ruy Barroso. Sexto neto paterno de Afonso Lopes Santa Maria. Sétimo neto paterno de João de Santa Maria. Oitavo neto paterno de Valentim Contreiras e Aguiar Santa Maria (Pesquisa de João Cordovil Cardoso)


Prova Documental
Sua carta patente registra o nome do seu pai:


Torre do Tombo
19 de Junho de 1750
Registo Geral de Mercês, D.João V, liv.411, fl.342
Carta Patente. Capitão de Auxiliares de Pernambuco. Filiação: José Zuzarte Santa Maria.
Vinda para o Brasil
Embarcou para Pernambuco, em 27 de Agosto de 1727, com Duarte Sodré Pereira, Governador daquele estado.

Escrivão
Farta documentação, considerando-se a época, demonstra de modo cabal que Luís Freire de Mendonça estava em Pernambuco e era Escrivão do Cível e Crime e Tabelião do Público Judicial e Notas de Olinda, à época do nascimento do seu provável filho Joaquim Isidoro:


“Escrivam do Crime, Civel e Tabellian do Judicial e Nottas que serve Luiz Freire de Mendonça está avalliado em 250$ réis. Tem proprietário João de Souza Teixeira. Capitania de Pernambuco, 7 de Abril de 1748”.

12 de Janeiro de 1753
Requerimento do escrivão do Crime e Cível e tabelião do Público Judicial e Notas de Olinda, Luís Freire de Mendonça, ao rei [D. José I], pedindo novo provimento para exercer seus ofícios por mais um ano.Anexos: 4 docs.

6 de Outubro de 1754
Requerimento do escrivão do Cível e Crime e tabelião do Público Judicial e Notas de Olinda, Luís Freire de Mendonça, ao rei [D. José I], pedindo provimento para poder continuar na serventia daquele ofício.Anexos: 4 docs.

12 de Agosto de 1755
Requerimento do escrivão do Cível e Crime e tabelião do Público Judicial e Notas de Olinda e do Recife, Luís Freire de Mendonça, ao rei [D. José I], pedindo provimento para continuar na serventia do dito ofício.Anexos: 4 docs.

9 de Junho de 1761
Requerimento do escrivão do Público Judicial e Notas de Olinda e Recife, Luís Freire de Mendonça, ao rei [D. José I], pedindo licença para continuar servindo no dito ofício por mais um ano. Anexos: 3 docs.Obs.: m. est.

Arquivo Ultramarino
Projeto Resgate


Escrivão em Vila Viçosa Real
Em 1759 assinou a ata de fundação de Vila Viçosa Real
Anais da Biblioteca Nacional
1906 - Volume 28 - Tomo I - Página 487


Partiu, pois, de Pernambuco o ouvidor geral Desembargador Bernardo Coelho de...
Casco com sua comitiva composta dos Srs. Capitão Luiz Freire de Mendonça,

Revista trimensal do Instituto do Ceará
Instituto do Ceará - 1928
Página 107


“Ibiapaba, desde os albores da colonização, autônoma em todos os seus aspectos, e a formar o Estado dentro do próprio Estado Português, teve a sua elevação à categoria de Vila, com o nome de Vila Viçosa Real, a partir da Carta Régia, de 14 de setembro de 1758, documento através do qual se delegam semelhantes poderes ao desembargador Gama e Casco”.

E este, em cumprimento ao disposto no Régio documento, firmou como data inaugural o dia 7 de julho de 1759, restando desse evento a Ata que abaixo se transcreve:


"Termo em que se erigiu e criou essa Aldeia em Vila com o título de Vila Viçosa Real. Aos sete dias do mês de julho de mil setecentos e cinqüenta e nove, em esta Aldeia da Ibiapaba, no lugar da Igreja-Matriz de Nossa Senhora da Assunção, defronte das Casas que interinamente hão de servir de Paços do Conselho desta nova Vila, de que fica sendo orago a mesma Senhora, adonde foi vindo o Dr. Desembargador e Ouvidor Geral da Comarca de Pernambuco, Juiz Executor desta Diligência e sendo ahi comigo o Escrivão do seu cargo e Meirinho Manuel Pereira Lobo, estando junto e convocado, a toque de sino, todo este povo, logo o dito Dr. Desembargador e Ouvidor Geral, em virtude das Ordens Régias que já foram publicadas pelas quais manda Sua Majestade Fidelíssima reduzir a liberdade de suas pessoas, bens e comércio a todos os índios que assistiram neste Continente do Brazil para se regerem e governarem por si, sujeitos só à Jurisdição Real, como forâneos dela, mandando criar em Vila e lugares as Aldeias em que os sobreditos assistem e em virtude das ditas Ordens Régias mandou ele, dito Dr. Desembargado e Ouvidor Geral, na presença de todo esse povo levantar o Pelourinho alto, de madeira, com seus braços, por não haver pedras com suficiência, o que se praticou no referido lugar da Praça desta Vila, que denominou, com todo o seu Termo, Distritos e demais logradouros de que está de posse, com o título de Vila Viçosa Real, para daqui em diante se fazerem, junto ao dito Pelourinho todas as arrematações e mais atos judiciais que pertencerem tanto à Justiça quanto à Real Fazenda e tudo o mais que for em benefício comum deste povo na forma de que se pratica nas demais cidades e vilas destes Reinos a quem o dito Senhor concedeu a graça e privilégios de que todos ficaram entendidos e cientes, dizendo em altas vozes: Viva o Senhor Rei, D. José de Portugal, Nosso Senhor, que a mandou criar, e para que todo tempo conste de todo o referido, mandou fazer este termo, que comigo Escrivão e Meirinho assinou, ordenando se registre, com as ditas Ordens Régias no Livro de Registro da Câmara desta Vila. Eu, Luiz Freire de Mendonça, Escrivão desta Diligência o escrevi e assino. Bernardo Coelho da Gama Casco. Manuel Pereira Lobo."

Em ato subsequente procedeu-se à eleição da Câmara, cuja composição consta dos seguintes membros: 1) – Mestre de Campo Filipe de Sousa e Castro - Juiz Ordinário; 2) - Sargento-Mor Antônio da Rocha Franco - Juiz Ordinário; 3) - Agostinho de Brito Passos - Vereador; 4) - Sargento-Mor João de Vasconcelos - Vereador; 5) - Capitão Manuel Machado de Sousa - Vereador; 6) - José de Sousa e Castro - Procurador; 7) - Pedro Machado de Sousa - Escrivão.

http://www.secrel.com.br/usuarios/aragao/Vi%C3%A7osa.htm

A Herança
No Brasil colonial os ofícios eram muito cobiçados e, certamente, tal privilégio se dava por prestígio familiar e mercê da Coroa. Depois de obtido, o ofício se tornava bem de família e passava de pai para filho, de irmão para irmão e, às vezes, de sogro para genro.

Por que caminho Luis Freire de Mendonça alcançou o seu primeiro ofício em Pernambuco? Ofício depois passado para seu filho Joaquim Isidoro Freire de Mendonça, como rezava o costume.

Os Padrinhos
Luis Freire de Mendonça foi primeiro empregado no Ofício de João de Sousa Teixeira:


Escrivam do Crime, Cível e Tabelliam do Judicial e nottas, que serve Luiz Freire de Mendonça, está avaliado em 250$ reis. Tem proprietário João de Souza Teixeira.

Por não ter tido filhos, João Teixeira de Sousa passou o cartório para o irmão Francisco Teixeira de Sousa e Mendonça. Em 1754, Francisco Teixeira de Sousa nomeou Luis Freire de Mendonça para servir no seu ofício.

Como este mesmo Ofício passou para Luis Freire de Mendonça e depois para Joaquim Isidoro Freire de Mendonça, só Deus sabe!

A única possibilidade viável seria o casamento de Luis Freire de Mendonça com uma filha ou neta de Francisco Teixeira de Sousa. E a prova desse casamento é o que procuramos agora.

Os Possíveis Parentescos
Foi Testemunha no processo do Seqüestro do Engenho da Madalena:


Bom, durante o seqüestro dos bens, inúmeras pessoas estiveram presentes como testemunhas, em 1764, entre elas o Capitão Luis Freire de Mendonça e uma outra pessoa chamada Francisco de Sousa Teixeira 'de' [ou 'e'] Mendonça, com semblante de aparentados. Será?

Comentei sobre um tal Ouvidor do RJ Marcelino Rodrigues Colaço, senhor do famoso Engenho da Madalena no Recife. Pois bem, este Engenho foi objeto de um seqüestro de seus bens, em virtude do irmão, também Ouvidor na PB, João Rodrigues Colaço, ter sido condenado em "Crime de Inconfidência" (ainda não sei por que).

Foram citadas muitas outras pessoas, todos parentes e contra-parentes destes "Rodrigues Colaço", entrelaçados por casamento a Genealogia do Mestre de Campo José Vaz Salgado, considerado por José Antônio Gonçalves de Mello o camaradinha mais rico de Pernambuco no século XVIII (com inventário no IAHGP). Embora tenha errado na cifra de seu patrimônio (era só a metade do que ele disse!), realmente, José Vaz Salgado era muito, muito, muito rico.

Como nosso amigo o Capitão Luís Freire de Mendonça não estava por lá só para assistir (deveria ter algum tipo de interesse), trago à tona a Genealogia que montei, recentemente, com base no Projeto Resgate, na Tese de Doutorado em Salamanca/Espanha de George Félix Cabral de Souza (biografia dos Vereadores do Recife do Século XVIII - a ser publicada em forma de Livro) e no trabalho da Doutora Teresa Cristina de Novaes Marques (sobre o Inventário de José Vaz Salgado - cedido gentilmente para consulta):

José Vaz Salgado Junior (b. 09/05/1735, +10/02/1802), Tenente-Coronel do Regimento de Cavalaria Auxiliar de Boa Vista/Recife em 13/11/1766, 2º Vereador em 1777, Selador e Feitor da Aduana em Pernambuco (cargo herdado de seu pai), Cavaleiro da Ordem de Cristo em 31/05/1768, senhor do Engenho Pará – sob a Invocação dos Santos Cosme e Damião, situado em Ipojuca/PE.

Só no negócio de escravos, José Vaz Salgado tinha, pelo menos, 5 navios negreiros que faziam a rota África-Pernambuco. Pelo diário do Governador de Pernambuco, à época, todo mês chegava e saia pelo menos um navio trazendo escravos da África, com destino à Bahia e ao RJ. Fazendas de gado nos sertões da Paraíba, RN e Ceará eram muitas e recheadas de bois e cavalos. De Engenho, lembro-me de 05 grandes, sendo dois deles do período colonial, anterior aos holandeses (Engenho Pará em Ipojuca e Engenho do Meio na Várzea do Recife). O Engenho Pará foi considerado o mais produtivo de Pernambuco, em meados e fins do século XVIII, pela própria Junta de Fazenda Real. Além disso, muito provavelmente Marcelino Rodrigues Colaço comprou o Engenho da Madalena com dinheiro do dote de casamento com uma das filhas de José Vaz Salgado. Só com o Engenho do Meio, da Madalena e Brum-Brum, a família já alcançaria uma fortuna considerável, tendo em vista a localização dos mesmos ser no 'coração' do Recife! Passados quase 50 anos (em 1802) de seu Inventário (1758), sua filha, Ana Joaquina Salgado, moradora em Lisboa, ainda cobrava créditos relativos ao Inventário. É preciso dizer mais alguma coisa?...:))) Diferentemente do que se propaga, estes eram os 'bilionários' de Pernambuco do Século XVIII. Dizem alguns que José Vaz Salgado Júnior conseguiu fazer uma fortuna ainda maior que a de seu pai! Agora, dá para entender de onde veio o dinheiro do Visconde de Suassuna. Reinaldo Carneiro Leão me disse que o pessoal do Barão das Mercês e de Domingos Afonso Ferreira também tem laços matrimoniais com este povo.

Assim, até eu teria Título de Nobreza!!!...:)))

Abraços
Fábio de Arruda Lima

Possibilidades:


1. José Vaz Salgado foi casado 1ª vez com Teresa Correia de Araújo, filha do Capitão-Mor Manoel Correia de Araújo, natural de Viana, Paróquia de Santa Maria Maior, Arcebispado de Braga, e Tereza de Jesus.


Joana Felícia Freire de Mendonça, provável filha de Luis Freire de Mendonça, era casada com o Sargento Mor José Correia de Araújo, irmão de Teresa, talvez. Seria esse o parentesco de José Vaz Salgado com Luis Freire de Mendonça?

2. O Sargento Mor Constantino Vaz Salgado, proprietário do Engenho Brum-Brum na Várzea do Recife, casou com Ana Maria Carneiro da Cunha, filha do Capitão José Pedro dos Reis Rodrigues Colaço e Maria de Jesus Carneiro da Cunha.

Joaquina Freire de Mendonça, provável neta de Luis Freire de Mendonça, era casada com o Gaspar de Vasconcellos Drummond que se ligou aos Carneiro Leão e Carneiro da Cunha. Seria esse o parentesco dos Vaz Salgado com Luis Freire de Mendonça?

Luís Freire de Mendonça foi Testemunha nos “Papéis de Residência” do Bacharel João Rodrigues Colaço, em 1758:

Arquivo Ultramarino
1759, janeiro, 2, Recife
OFÍCIO do ouvidor-geral da capitania de Pernambuco, Bernardo Coelho da Gama e Casco, remetendo os autos de residência do ex-juiz de fora e Órfãos de Olinda e do Recife, João Rodrigues Colaço. Anexos: 16 docs.
(Ahu–Acl–Cu 015, Cx. 88, D. 7141)

Capitão Luís Freire de Mendonça, Tabelião do Público, Judicial e Notas nesta Vila do Recife e nela morador, de idade que disse ser de 59 anos, testemunha jurada aos Santos Evangelhos, em que por sua mão direita o prometeu dizer a verdade e do costume disse nada.

E perguntado ele testemunha pelos Itens e Capítulos da Residência que todos lhe foram lidos e declarados pelo dito Doutor Desembargador Ouvidor Sindicante disse: que sabe pela razão de servir com o Juiz Sindicante viu e presenciou que o mesmo serviu o seu lugar com louvável procedimento, pois, não só teve grande zelo de justiça e administrou todos com igualdade, mas também procedeu com muito desinteresse e limpeza de mãos, e mais não disse, e assinou com o dito Doutor Desembargador Ouvidor Sindicante.
E eu, Joaquim José de Sousa, Escrivão e Residência, o escrevi.
(Assinaturas) Luís Freire de Mendonça.


Capitão de Auxiliares de Pernambuco, com Carta Patente tirada em 19 de Junho de 1750.


Torre do Tombo
19 de Junho de 1750
Registo Geral de Mercês, D.João V, liv.411, fl.342
Carta Patente. Capitão de Auxiliares de Pernambuco. Filiação: José Zuzarte Santa Maria.

Citação
No livro “Três Séculos de Caminhada”, de Vicente Miranda:


Luiz Freire de Mendonça. Manoel Pereira Lobo".

Três séculos de caminhada- de Vicente Miranda - 2001 - 524 páginas - Página 48
in, Dr. Guilherme Studart, Notas para a História do Ceará - Segunda Metade do Século XVIII — Lisboa ...
Na Revista do Instituto Histórico Arqueológico e Geográfico de Pernambuco:

... todas as suas pertenças, por se achar ao prezente livro de hypoteca, ou pinhora, ficando sem effeito alguma escripturra que haviam celebrando na nota do Tabelliam meo antecessor Luiz Freire de Mendonça aos cinco do mes de Novembro de mil sete ...

Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro
1941 - Página 267
No livro “Cronologia Pernambucana”:


... Freire de Mendonça, com a seguinte demarcação, no informe de Alfredo Leite
Cavalcanti (Ob. cit., l, 59): "Pegará no mesmo riacho Corrente pela parte do ...

Cronologia pernambucana: subsídios para a história do agreste e do sertão - Página 206
de Nelson Barbalho, Brazil Centro de Estudos de História Municipal (Recife - 1982)

Os “Freire de Mendonça” e os “Drummond”
É de tradição oral em nossa família que os nossos “Ferreira” descendem dos Drummond da Ilha de São Miguel, na Madeira. Até hoje não consegui fazer a ligação entre eles e já estou em 1630. Para minha surpresa, ontem encontrei esta referência:


15. Cândida de Menezes Vasconcellos de Drummond (filha única). Nascida em 3 de Junho de 1844.
30. Gaspar de Menezes Vasconcellos de Drummond - Brigadeiro
31 D. Joaquina Freire de Mendonça

Revista Genealógica Brasileira
1949 - Página 150

De D. Joaquina Freire de Mendonça (mãe de D. Cândida), ligada aos Mendonça de
Alagoas que tiveram os seus opulentos barões, sou ainda pouco informado..

Gente de Pernambuco - Página 222
Orlando Cavalcanti - Pernambuco (Brazil) - 2000

Pela data de nascimento da filha única do casal, certamente não descendemos deles... O nosso ancestral Freire de Mendonça mais antigo é de 1730.

Mas considerando os casamentos familiares esse achado é um indício que os Ferreira da Ilha de São Miguel podem ser nossos parentes por via feminina: Catharina de Senna Freire de Mendonça, casada com Miguel Ignácio Ferreira! O Brigadeiro Gaspar está sepultado no Cemitério São Amaro, em Recife:

Aqui estão enterrados barões, políticos, “novos ricos”, escravos e pessoas menos abastadas do estado de Pernambuco. Dentre estes citamos: Joaquim Nabuco, Barão D`Ouricury, Barão de Itamaracá, Barão de Mecejana, Comendador Manoel Bernardo da Silva, Família Moreira Alves, Manoel Borba, Gaspar de Menezes Vasconcellos de Drummond, Agamenon Magalhães, Othon Bezerra de Mello.

Arte Funerária – cemitérios de Recife

Os “Freire de Mendonça” de Pernambuco
Em que pesem todas as nossas pesquisas e especulações, ainda continuamos tateando sobre a verdadeira origem da família Freire de Mendonça. De concreto temos a descendência de Joaquim Isidoro Freire de Mendonça e Maria de Santa Ana e Oliveira, nossos sextos-avós.

Outra certeza que temos é que José Zuzarte de Santa Maria foi pai de Luís Freire de Mendonça, com base na Pesquisa de João Cordovil Cardoso e na sua Carta Patente de Capitão dos Auxiliares de Pernambuco.

Em relação ao apelido “Zuzarte de Santa Maria” é importantíssimo destacar que o filho de Joaquim Isidoro chamava-se: Luiz Freire de Mendonça Zuzarte de Santa Maria.

Outros “Freire de Mendonça” no Brasil
Paralelo a isso tudo, ainda temos o registro de outros “Freire de Mendonça” no Brasil, que não constam da árvore montada pelo Cordovil com base no Manso Lima:

Alexandre Freire de Mendonça
Joaquim Freire de Mendonça. — Domingos Francisco Leite Guimarães. ... Alexandre Freire de Mendonça. — António da Silva Pinto Soares. ...Annaes do Parlamento Brazileiro - Página 104-de Brazil Parlamento. Câmara dos Srs. Deputados, Câmara dos Srs. Deputados, Parlamento, Brazil – 1888

Anastácio Freire de Mendonça
7 de Maio de 1737. Requerimento do Administrador dos bens do falecido Francisco Lameira da França, Anastácio Freire de Mendonça, ao Rei, solicitando permissão para ir buscar 70 casais de índios forros com o fim de servirem na administração da plantação de cacau na Capitania do Maranhão. (Ahu-Acl-Cu-009 - Caixa: 23 Doc: 02375)

Antonio Freire de Mendonça
Sargento, em 19 de Julho de 1723, era testemunha em Processo, em Belém do Pará. (Biblioteca Nacional, Anais, 1890/1891, Volume 17, Página 12). Temos o mesmo Sargento Antonio Freire de Mendonça, em 1760, agora em Natal, Rio Grande do Norte. (Biblioteca Nacional, Anais, 1891/1892, Volume 17, Tomo I): Comerciante em Areia Branca: Boletim bibliográfico‎ - Página 22 de Biblioteca Publica Municipal de Mossoró, Museu Municipal de Mossoró, Mossoró (Brazil). Diretoria de Divulgaçao, Ensino e Cultura – 1958. Uma petição de António Freire de Mendonça morador em Areia Branca deste município pedindo licença para continuar com sua venda ali estabelecida.

Dionísio Eugenio Freire de Mendonça
Citado no Roteiro Sentimental de uma Cidade, de Walfredo Rodrigues.

Joaquim Freire de Mendonça
Em 19 de Janeiro de 1914, em reunião com outros oito irmãos oriundos de uma outra igreja evangélica, fundam a Primeira Igreja Batista da Paraíba. (www.pibjp.com.br/nossaigreja)

Joaquim Freire de Mendonça
Joaquim Freire de Mendonça. — Domingos Francisco Leite Guimarães. ... Alexandre Freire de Mendonça. — António da Silva Pinto Soares. ...Annaes do Parlamento Brazileiro - Página 104-de Brazil Parlamento. Câmara dos Srs. Deputados, Câmara dos Srs. Deputados, Parlamento, Brazil – 1888.

Joaquim Velloso Freire de Mendonça
Faculdade de Direito do Recife

D. Joaquina Freire de Mendonça.
Casada com Gaspar de Menezes Vasconcelos Drummond, nascido em 23 de Novembro de 1791, no Rio de Janeiro, e falecido em 30 de Julho de 1865, em Recife.

José Freire de Mendonça
Morador na Freguesia de Caatinga de Góis. Foi Padrinho de Teresa, nascida em 1756, batizada em 26 de Setembro de 1756, na Igreja de Santa Ana, filha de Manoel Ferreira da Silva e de Dona Ana de Mendonça Freire, irmã do Sargento Mor Francisco de Mendonça Freire (Antigas Famílias - Por Francisco Augusto, Tupancy)

Manoel do Rego Freire de Mendonça
Úrsula Raposo da Câmara, casada em 05 de fevereiro de 1776 com João Tavares, perante as testemunhas o Padre Miguel Pinheiro Teixeira e Manoel do Rego Freire de Mendonça, e o celebrante foi o Padre Bonifácio da Rocha Vieira, e no casamento a dispensa de sanguinidade no 4º grau atingente ao 3º, isto é, um dos bisavós do casal eram irmão de um dos avós do casal, e os Avós Paternos de João Tavares foram Manoel Gonçalves Branco e Catarina de Oliveira de Melo. (Geneall.Net)

Manoel Freire de Mendonça
2º Escriturário listado como revoltoso em Cametá. Ata da Junta Provisória de 1824 – Motim no Pará// Em lista dos que não votaram... Annaes da Câmara dos Deputados (1933-34)

Miguel Freire de Mendonça
Espírito Santo - Casado com Rosa Maria de Jesus em 1816.
Tutelas e Curatelas – Página 3


LUÍS FREIRE DE MENDONÇA foi casado com Dona Josefa Maria de Macedo, filha de João Nunes e de Dona Catarina dos Santos de Macedo.

Foram Pais de:

1.1 José. Nascido e falecido em Lisboa. Sem Geração.

1.2 Joaquina. Nascida em Lisboa. Falecida aos 3 anos.

1.3 Constantina Freire de Mendonça e Santa Maria. Falecida menina.

1.4 Ana Josefa Freire de Mendonça. Batizada em São Julião em 6 de Agosto de 1727. Vive solteira em 1749.

Última filha legítima, Ana Josefa Freire de Mendonça, foi batizada 21 dias antes da viagem de seu pai para o Brasil.

Em 1799, já viúva, requereu o legado deixado por seu afilhado Luís Pedro Santarém, boticário em Pernambuco:
1799. Autos de instrumento de D. Ana Josefa Freire de Mendonça Santa Maria, viúva de Manuel António Suzarte Santa Maria, natural de Lisboa. Fundo Geral, letra A, mç. 2263. Feitos Findos, Juízo da Índia e Mina, Justificações Ultramarinas, Brasil, mç. 17, nº 8. Pretende receber um legado deixado por seu afilhado Luís Pedro Santarém, boticário em Pernambuco, aí falecido (1798); Escrivão Francisco da Silva Braga.

No mesmo ano, nomeia um procurador, residente em Pernambuco, para receber o legado:
1799. Autos de procuração de D. Ana Josefa Freire de Mendonça Santa Maria, viúva de Manuel António Suzarte Santa Maria, natural de Lisboa. Fundo Geral, letra A, mç. 2263. Feitos Findos, Juízo da Índia e Mina, Justificações Ultramarinas, Brasil, mç. 17, n.º 9. A José Gonçalves Caparica, morador em Pernambuco, para a cobrança e arrecadação de um legado deixado pelo seu afilhado Luís Pedro Santarém, boticário em Pernambuco, aí falecido (1798); Escrivão Francisco da Silva Braga.

Em 1801, deu quitação do legado ao Testamenteiro do afilhado:
Torre do Tombo. 1801. Autos de quitação de D. Ana Josefa Freire de Mendonça Santa Maria, viúva de Manuel António Suzarte Santa Maria, natural de Lisboa. Fundo Geral, letra A, mç. 2263. Feitos Findos, Juízo da Índia e Mina, Justificações Ultramarinas, Brasil, mç. 17, n.º 10. A Joaquim Pereira de Aguiar, testamenteiro de Luís Pedro Santarém, sobre parte do legado que lhe fora deixado; Escrivão Francisco da Silva Braga.
Em 1805, Dona Ana Josefa se habilita, de novo, para receber legado deixado pelo afilhado Luís Pedro Santarém, falecido em 1798, em Pernambuco:
Autos de habilitação de D. Ana Josefa Freire de Mendonça Santa Maria, viúva de Manuel António Suzarte Santa Maria, filha do capitão Luís Freire de Mendonça e de D. Josefa Maria de Macedo, natural de Lisboa. 1805 - Fundo Geral, letra L, mç. 500. Feitos Findos, Juízo da Índia e Mina, Justificações Ultramarinas, Brasil, mç. 17, nº 11. A habilitante pretende receber um legado deixado por seu afilhado Luís Pedro Santarém, boticário em Pernambuco, filho de Manuel Vicente Coelho e de Inês Maria do Rosário, natural de Santarém, falecido em Pernambuco (1798); Escrivão Francisco da Silva Braga.
Em 1800, cinco antes de Dona Ana Josefa, outro casal se habilitava, alegando o fato de serem primos:
Autos de justificação de Ana Joaquina de Bastos Belo, casada com José Pinhão Rodrigues Belo, filha de José Rodrigues de Bastos e de Maria Madalena, natural de Torres Novas. 1800. Feitos Findos, Juízo da Índia e Mina, Justificações Ultramarinas, Brasil, mç. 15, n.º 3. A justificante pretende receber um legado deixado por seu primo Luís Pedro Santarém, filho de Manuel Vicente Coelho e de Inês Maria do Rosário, natural de Santarém, falecido em Pernambuco (1798). Lisboa. Escrivão Francisco da Silva Braga.

É importante considerar o apelido do seu afilhado: Santarém. À época, era muito comum que o lugar de origem fosse adotado como apelido e Santarém, em Portugal, é o berço dos “Freire de Mendonça”.

Casada com seu tio paterno Manoel Antonio Zuzarte de Santa Maria, nascido por volta de 1710. Falecido antes de 1799. Cavaleiro Fidalgo. Escudeiro Fidalgo. Tesoureiro da Câmara de Santarém.

Em 14 de Agosto de 1764, Dona Ana Josefa recebe provisão para nomear o próprio marido: Torre do Tombo. Ana Josefa Freire de Mendonça. 14 de Agosto de 1764. Registo Geral de Mercês, D.José I, liv.18, fl.315. Provisão. Tesoureiro da Câmara de Santarém. Em 17 de Agosto de 1764, Dona Ana Josefa recebe provisão para nomear serventuário: Ana Josefa Freire de Mendonça. 17 de Agosto de 1764. Registo Geral de Mercês, D.José I, liv.18, fl.315. Provisão. Para nomear serventuário.

Não sabemos se LUÍS FREIRE DE MENDONÇA teve alguma relação marital em Pernambuco, mas é provável que sim, porque o nosso 6º avô nasceu em Recife, por isso não o arrolamos como filho legítimo do 1º casamento em Portugal:
1.5 Joaquim Isidoro Freire de Mendonça que segue.

2. JOAQUIM ISIDORO FREIRE DE MENDONÇA. Advogado e Escrivão. Procurador Geral dos Índios. Nascido em 18 de Agosto de 1756, em Recife, segundo o Family Search.

Em 18 de Março de 1797, Joaquim Isidoro residia em São Luís e era Advogado nos auditórios da cidade:
Arquivo Ultramarino
21 de Fevereiro de 1797
Requerimento de Joaquim Isidoro Freire de Mendonça à Rainha Dona Maria I, solicitando provisão para continuar a exercer a advocacia, sem limitação de tempo, em atenção às suas aptidões e à falta de advogados na Capitania do Maranhão. Em anexo: 5 documentos.
Ahu-Acl-Cu-009 - Caixa: 93 - Doc: 07668

No Doc. que você indicou apenas encontrei que Joaquim Isidoro Freire de Mendonça era assistente (i.e. residia) em São Luis do Maranhão e era advogado nos auditórios daquela cidade (18/3/1797).

João Cordovil Cardoso

Em 22 de Fevereiro de 1797, Joaquim Isidoro recebeu Provisão para advogar no Maranhão:
Ainda outro que diz “A Joaquim Isidoro Freire de Mendonça se há-de passar Provisão para advogar pelo tempo de três anos na capital do Maranhão” (22/2/1797). 21 de Fevereiro de 1797. Solicitação de Provisão: 5 anexos. Ahu–Acl–Cu– 009 – Caixa 93 – Documento: 7668 - Cota antiga: Ahu-Maranhão – Caixa 937

João Cordovil Cardoso

Em 10 de Abril de 1795, Joaquim Isidoro foi nomeado Procurador Geral dos Índios:

Torre do Tombo
É uma publica forma da nomeação do Procurador Geral dos Índios passado pelo Capitão General do Estado do Maranhão e Piauí, D. Fernando António de Noronha (10/4/1795).
João Cordovil Cardoso

Em 1760, quando Joaquim Isidoro assume o cargo de Escrivão de Órfãos, o seu fiador foi José Rodrigues de Sena. Se considerarmos que os ofícios eram transmitidos por relações familiares, e que sua filha era Catharina de Sena, é possível que José Rodrigues de Sena fosse seu sogro.
Ana Maria,
Espero que você e sua família tenham tido um ótimo Natal.
Tenho certeza de que o Ano Novo será melhor ainda.
Falando de genealogia, senão vou "pro mio", encontrei uma petição de Joaquim Izidoro para assumir o Cargo de Escrivão de Órfãos. Seu fiador foi José Rodrigues de Sena em 1760 (salvo engano na data). Aliás, encontrei outros "Rodrigues de Sena".
Fonte: Livro de Registro das Cartas e Outros Actos (1703-1802)
Depois, quando eu voltar para Maceió, faço a transcrição integral da petição.

Fábio Arruda de Lima
Falando Olinda! (para invejar a Regina)...))))

Se considerarmos que o nome de sua filha era Catharina de Senna em homenagem a esse padrinho, a pesquisa será frutífera, mas não devemos esquecer que, à época, os nomes religiosos eram muito comuns nas mulheres e há uma Santa Catharina de Senna na Itália.

Apostando no parentesco sugerido pelo incansável Fábio Arruda, encontramos algumas referências a José Rodrigues de Sena:
Cronologia pernambucana: subsídios para a história do agreste e do sertão‎ - Página 113
de Nelson Barbalho, Centro de Estudos de História Municipal (Recife, Brazil) - 1982
1519 No dia seguinte, o governador assina outra carta de sesmaria, agora deferindo requerimento assim formulado: "Diz o capitão José Rodrigues de Sena que ele está demarcando terras para fazer engenho em umas que comprou...”.

Documentação histórica pernambucana‎ - Página 273 de Recife (Brazil). Bibliotéca Pública
...José Rodrigues de Sena com uma legoa de terra em quatro rio Amaragi abaixo, pegando das testadas donde partem as do Ajudante Felipe Nery pelo rio Amaragi abaixo da parte de Serinhaem na forma confrontada em seu requerimento, pagando o foro annual de seis mil reis por legoa, visto ser... Faço saber aos que «sta carta de doação de sesmaria virem, que o Capitão José Rodrigues de Sena me fez um requerimento do t.heor e maneira seguinte = Illm.°

A família Monteiro de Barros‎ - Página 142
de Frederico de Barros Brotero - 1951 - 1047 páginas
... de António José dos Santos, armador de navios em Recife e de Feliciana Teixeira da Rocha, a qual, por sua vez, era filha de José Rodrigues de Sena, da sesmaria das Frecheiras, e de Tereza da Silva Vieira.

Anuário do Museu imperial‎ - Página 93
de Museu Imperial (Brazil), Brazil Ministério da Educação e Saúde Pública – 1950
... armador de navios na capital pernambucana, e de Feliciana Teresa da Rocha.
Esta era filha de José Rodrigues de Sena, dono da Sesmaria de...

Inquisição ensaios sobre mentalidade, heresias e arte trabalhos apresentados...‎- Página 379 de Anita Novinsky, Maria Luiza Tucci Carneiro, Universidade de São Paulo - 1992 - 793 páginas
As brasileiras "habilitadas" mais frequentemente se encontram casadas com portugueses. Um exemplo entre muitos é José Rodrigues de Sena, homem de negócios de Lebruça na diocese de...

* João Manoel Alves Pontual, “Papai João” casou-se em 1831 com Thereza da Silva Vieira, “Mãe Teté”, filha de Antonio José dos Santos e de Feliciana Thereza do Nascimento, esta, filha de José Rodrigues de Senna, Capitão das Ordenanças, natural de Portugal, Senhor dos Engenhos Limão e Frecheiras, casado com Thereza da Silva Vieira. (Ivan de Campos Guimarães – Treze Gerações – Subsídios para a Nobiliarquia Pernambucana – 1969 – RJ).
Segundo documentos do Arquivo Ultramarino da Capitania de Pernambuco, Joaquim Isidoro Freire de Mendonça era Escrivão da Capitania de Pernambuco em 1782 (interino):
Arquivo Ultramarino
Data de emissão: ant. 1782, junho, 26
Origem: Capitania de Pernambuco

Ementa: Requerimento de juiz de fora da capitania de Pernambuco, bacharel João da Silveira Pinto Nogueira, à rainha [D. Maria I], pedindo que se nomeie outro ministro da comarca para tirar sua residência, sendo escrivão dela Agostinho Gonçalves de Oliveira, e na sua falta Joaquim Isidoro Freire de Mendonça, por causa das queixas que tem contra o ouvidor da capitania de Pernambuco, Antônio José Pereira Barroso [de Miranda Leite].

Em 1783 pede Provisão para ser Proprietário Interino do Ofício:
Arquivo Ultramarino
Data de emissão: ant. 1783, julho, 3
Origem: Capitania de Pernambuco
Ementa: Requerimento do escrivão dos Órfãos do Recife, Joaquim Isidoro Freire de Mendonça à rainha [D. Maria I], pedindo provisão para ser proprietário interino do dito ofício. Anexos: 3 docs.
Em 1787 pede providência acerca de ações cíveis:
Arquivo Ultramarino
Data de emissão: ant. 1787, junho, 5
Origem: Capitania de Pernambuco
Ementa: Requerimento do escrivão serventuário dos Órfãos de Recife, Joaquim Isidoro Freire de Mendonça, à rainha [D. Maria I], pedindo providências acerca de que as ações cíveis de sua competência sejam resolvidas no Juízo Privativo dos Órfãos, por serem estas ações propostas, erradamente, para se resolverem na Ouvidoria ou no Juízo de Fora.

Projeto Resgate de Documentação Histórica Barão do Rio Branco
Foi 1º Testamenteiro de Dona Francisca Roberta da Silva, em 7 de Novembro de 1794, ao lado de Sr. Severino Ferreira Leitoza e do Tenente Ricardo Filipe Ribeiro Buás, no Maranhão.
Foi 2º Testamenteiro de Alexandre Ferreira da Cruz, Meu 6ª Avô, e sogro de sua filha Catharina, em 18 de Julho de 1797, no Maranhão (Cripto Maranhenses e seu Legado - Antonia da Silva Mota, Kelcilene Rose Silva e José Dervil Mantovani)

Casado, em 3 de Abril de 1775, em Recife, (Family Search) com MARIA DE SANTA ANA E OLIVEIRA. Nascida em 25 de Janeiro de 1758, em Recife (Batismo da Neta, Livro B10, Igreja de São Nicolau, Santarém, Fl. 13V. Arquivo Nacional da Torre do Tombo. Pesquisa de João Cordovil Cardoso)
Com base no documento abaixo, que demonstra a proximidade de Agostinho Gonçalves de Oliveira e seu substituto no Cartório, Joaquim Isidoro Freire de Mendonça, acreditamos que possa ser um início de pesquisa dos costados de Dona Maria de Santa Ana e Oliveira:
Arquivo Ultramarino
Capitania de Pernambuco
Data de Emissão: ant. 1782, junho, 26
Requerimento de juiz de fora da capitania de Pernambuco, bacharel João da Silveira Pinto Nogueira, à rainha [D. Maria I], pedindo que se nomeie outro ministro da comarca para tirar sua residência, sendo escrivão dela Agostinho Gonçalves de Oliveira, e na sua falta Joaquim Isidoro Freire de Mendonça, por causa das queixas que tem contra o ouvidor da capitania de Pernambuco, Antônio José Pereira Barroso [de Miranda Leite].

Projeto Resgate de Documentação Histórica Barão do Rio Branco
Considerando a possibilidade do parentesco apuramos que:

Agostinho Gonçalves de Oliveira era Capitão Mor - o próprio que era Escrivão ou seu pai, ou ainda avô - casado com Dona Roza Maria Ferreira, naturais de Muribeca. Foram pais de, entre outros: 1. Sargento Mor Antonio Gonçalves de Oliveira, Escrivão da Vedoria Geral da Gente de Guerra da Capitania de Pernambuco; 2. Aleixo Manoel do Carmo, Reverendo Cônego da Catedral de Olinda; 3. José Gonçalves de Oliveira, casado com Dona Josepha de Inojosa, filho do Sargento Mor Christóvão Martins de Inojosa.

Revista do Instituto Archeológico e Geográphico Pernambucano‎ - Página 692
Instituto Archeológico e Geográphico Pernambucano - 1904

E uma notícia que não deve ser desprezada que informa sobre o Morgado de Oliveira, José Gonçalves de Oliveira, em Santarém, berço da família Freire de Mendonça:
... cirurgião João Pedro de Saldanha e Oliveira, Morgado de Oliveira José Gonçalves de Oliveira, cirurgião Tomás Nogueira de Campos António Moreira Freire

Santarém no tempo de D. João V: administração, sociedade e cultura‎ - Página 440 de Maria de Fátima Reis, Joaquim Veríssimo Serrão - 2005 - 788 páginas
Há um José Gonçalves de Oliveira listado como cristão novo ou judeu em Pernambuco, no tempo da Guerra dos Holandeses:
... Castelo Branco José Ferraz Ribeiro do Valle José Geraldo de Andrade Pacheco José Geraldo Gomes Cavalcanti José Gonçalves de Oliveira José Jorge Leite de...

Gente da nação: cristãos-novos e judeus em Pernambuco, 1542-1654‎ - Página 550 de José Antônio Gonsalves de Mello - 1989 - 552 páginas.

Foram Pais de:

2.1 Catarina de Sena Freire de Mendonça, que segue.

2.2 Luís Freire de Mendonça Zuzarte de Santa Maria. Batizado em 1783, em Recife de Santo Antonio de Pernambuco.

Registro de Batismo
Em conclusão resta dizer que o documento que serviu de base ao assento de baptismo de Luis Freire de Mendonça Juzarte de Santa Maria, em Santarém, refere que ele foi baptizado na “freguesia do Recife de Santo António, Bispado da cidade de Pernambuco em o anno de mil setecentos oitenta e três porquanto justificou neste juizo o referido baptismo requerendo-me que visto ter sido sempre neste Reino a sua residência na dita freguesia de S. Nicolau”.

João Cordovil Cardoso

Residente na Freguesia de São Nicolau, Santarém, Portugal.

Casado, em 29 de Dezembro de 1841, na Igreja de São Nicolau, Santarém, com Dona Mariana Rita Gameiro, filha do Dr. Joaquim José Gameiro e de Dona Catarina Inácia Rosa, nascida em Salvador, Santarém, e neta de Belchior Soares e Rita Inácia e de José Antonio Gameiro e de Maria Queitana (Gueitana). Com Geração.

Não temos mais notícia de filhos legítimos, mas considerando a coincidência de nome, época e lugar, arriscamos:

2.3 Agostinho José de Mendonça. Na dúvida. Falecido antes de 1855. Casado com Joaquina Francisca de Torres. Com Geração. O traslado do seu Inventário se fez em 11 de Junho de 1855:
Ana Maria,
Traslado de hum Inventário amigável e Partilhas que se fizeram dar a Joaquina Francisca de Torres casada que ficou do finado Agostinho José de Mendonça, com seus filhos de menores, o qual he da forma seguinte. Etc. Alagoas, aos 11 dias do mês de junho de 1855.

Filhos:
Joaquim Freire de Mendonça
Francisco Ignácio de Mendonça
Seu genro Manoel Ferreira Chaves casado com Ana Joaquina Freire de Mendonça

Fábio Arruda de Lima
Pesquisando Família "Arruda Câmara" e Engenhos Coloniais no Nordeste
Falando das Alagoas!

2.4 Felisberto Freire de Mendonça. Na Dúvida. Alferes e Fazendeiro. Carta Patente com data de 22 de Maio de 1803 (Arquivo Ultramarino) Em 1848 era Proprietário do Engenho Burarema, em Atalaia (Pesquisa de Letícia Mello, do Rio de Janeiro)
Antes de 9 de Dezembro de 1805
Origem: Capitania de Pernambuco
Requerimento do alferes da 5ª Companhia do Regimento de Milícias da vila de Igaraçu, Felisberto Freire de Mendonça, por seu procurador Manoel Antunes, ao príncipe regente D. João, pedindo confirmação de carta patente. Anexo: 1 doc.

Projeto Resgate de Documentação Histórica Barão do Rio Branco
2.5 Joana Felícia Freire de Mendonça. Na dúvida. Proprietária de terras. Casada com o Sargento Mor José Correia de Araújo. Compraram ao Padre João Pinto Teixeira, em 19/8/1807, parte do Sítio do Corrente, atual cidade de Correntes, Pernambuco, conforme livro 13, folha 13 do 2o Cartório de Garanhuns (História de Garanhuns - O Monitor. Garanhuns. 1968. Volume 1. Página 60 - Alfredo Leite Cavalcanti).

3. CATARINA DE SENA FREIRE DE MENDONÇA casada com MIGUEL IGNÁCIO FERREIRA, Patriarcas da 2ª Geração da Família Ferreira, no Maranhão.
Pesquisa
João Cordovil Cardoso
Fábio Arruda de Lima
Anamaria Nunes

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